Remontam ao Século XVI (o seu Alvará data de 1570) as origens da Misericórdia de Alhandra e o início da sua atividade no campo da assistência aos mais carenciados.

Por alvará do Governador Civil de Lisboa, de 20 de Dezembro de 1894, foi-lhe anexado o Hospital local - Hospital de Caridade da Alhandra - que havia sido instituído em 1851 pela Senhora Marquesa da Bemposta - Subserra.

Nascia, assim, a Associação do Hospital Civil e Misericórdia de Alhandra, que teria os seus estatutos aprovados por Alvará do Governo Civil de Lisboa de 14 de Julho de 1914, e é atualmente considerada Instituição.

Particular de Solidariedade Social nos termos do nº 1 do artigo 94º do Estatuto aprovado pelo Decreto-Lei nº 119/83, de 25 de Fevereiro, sendo anteriormente qualificada como pessoa de utilidade pública administrativa, por se encontrar abrangida pelos artigos 416º e 417º do Código Administrativo.

Instalada numa área apreciável no centro da vila de Alhandra a Associação exerceu, a partir de Janeiro de 1935 e praticamente até 1978, a sua atividade como serviço hospitalar. Houve sempre, todavia, uma constante preocupação com o apoio aos idosos de que constitui prova a existência de duas enfermarias reservadas desde o início a essa assistência.

Com o desenvolvimento do Hospital Concelhio de Vila Franca de Xira a Associação viu diminuir a sua atividade hospitalar e, em 1978, adquiriu definitivamente o estatuto de Lar de Idosos celebrando o primeiro acordo de cooperação com as entidades oficiais e garantindo um acolhimento de 60 residentes.

Em 1982 foi revista e alargada a capacidade para 66 utentes com a celebração de um novo acordo com o Centro Regional de Segurança Social de Lisboa. A este acordo outros dois se juntaram criando as valências de Centro de Dia e de Apoio Domiciliário para a prestação de serviços a vinte idosos e dez famílias, respetivamente.

Tratando-se, então, do único Lar de Idosos do concelho foi enorme a afluência de pedidos de internamento devido às enormes carências existentes no que se reporta ao apoio à Terceira Idade. Com aquele movimento as instalações, concebidas para outro fim, rapidamente se mostraram inadequadas e carecidas de funcionalidade, facto a que se juntou a degradação do imóvel e a insuficiência do equipamento.

Perante tal estado de coisas as Mesas Administrativas deitaram mãos à obra no sentido de se conseguir a remodelação e a ampliação das instalações, o que foi feito por fases. Iniciadas em Novembro de 1984 a quarta fase, a última das instalações atuais, ficou concluída em Outubro de 1996. A linha arquitetónica exterior dos edifícios pré-existentes foi integralmente mantida. As obras referidas, para além de aumentarem muito a funcionalidade dos edifícios, permitiram o aumento para 112 de capacidade de alojamento de idosos, a qual, após algumas obras realizadas, é hoje de 124.